Luan Marçal

sábado, 30 de maio de 2009

Jovens nacionalistas

O nazismo é visto pela maioria, como um massacre de judeus, como atrocidades e até mesmo como maldade. Mas tudo isso é falso, invenção da mídia para vender programas e livros ridículos e o que é pior, acaba influenciando jovens “burros”. O nazismo foi fruto de uma situação, uma contra força para manter o equilíbrio, a natureza tende ao equilíbrio, mas ele nunca será alcançado.

A Alemanha passava por um momento de desgraça, pois tinha sido destruída pela primeira guerra, assinando contratos humilhantes com a França e a Inglaterra, estava numa situação caótica, estava no fundo do poço, afundada por forças poderosas e repressoras que só poderia gerar outra força tão poderosa quanto, para manter o equilíbrio. Eis que surge o movimento nazista. Simplesmente o plano político mais brilhante que já existiu, esse movimento era muito simples, se tratava de retirar o tumor da Alemanha. Não era nenhum preconceito, não pessoal como os de hoje, se tratava apenas de retirar aquilo que atrapalhava a evolução da Alemanha, não era ódio contra negros, contra judeus ou outra raça qualquer. Tratava-se apenas de arrumar a casa e isso precisava ser feito de maneira rápida e eficiente, eis que surgem as atrocidades, que foi movida pelo medo e desespero e que funcionou "muito bem," retirando os "parasitas" que estavam sugando os empregos e atrapalhando o desenvolvimento na Alemanha pode se reestruturar, mas não foram só imigrantes que morreram, essa parte da história nunca é contada, todos aqueles que eram contra o movimento, mesmo sendo alemães, morriam, pois não podia discordar por isso morriam, pois não podia haver disputas naquele momento, porque uma atrapalharia a outra, e assim atrapalharia o objectivo que era reestruturar a Alemanha. Assim retirando tudo que atrapalhava a Alemanha, podia se concentrar apenas em crescer e evoluir, depois de retirar foi fácil.

É a mesma coisa que você tentar ler um livro com um barulho muito alto no seu ouvido, é difícil ler, mas quando você desliga o barulho tudo fica mais fácil. E assim foi o movimento nazista acabou com o barulho e depois foi fácil, começou a investir na educação, reformou a Alemanha o que gerou milhares de empregos, todos alemães estavam empregados, todas as crianças estavam estudando, a economia foi crescendo rapidamente até o país se tornar a maior potencia do mundo, uma nação totalmente unida, um líder totalmente dedicado, um líder que tinha a confiança e o respeito de uma nação, todos, mas todos mesmo caminhando numa só direcção sem ninguém para atrapalhar.

Bom este foi o ponto que eu queria chegar, uma nação só anda, só evolui com todos andando na mesma direcção e nossa nação está longe disso, temos vários partidos, cada um andando para um lado, cada um puxa para um lado e assim nós não saímos do lugar, quando um político quer fazer alguma coisa ele tem que pagar para outros políticos aceitarem sua ideia ou eles não aceitam. Então nós temos 2 opções que também não depende de nós a escolha, as opções são: nada é feito porque não houve um acordo e a outra uma coisa que custaria x acaba custando 10000000x, dinheiro esse que sai dos nossos bolsos, em forma de impostos, e Portugal é um dos países que cobra o imposto altíssimo.

Agora me diz como se livrar dessas pessoas se elas estão no poder? Como nos livramos de todos esses partidos? Uma democracia nunca será capaz de acabar com tudo isso, com essa corrupção, não vai adiantar pedir para eles saírem, porque eles não vão. Será que a Alemanha se tornaria a maior potência do mundo se Hitler ficasse fazendo eleições, pagando dinheiro a deputados a senadores, ou seja, lá quem for para aceitarem suas ideias? Claro que não!

Só há uma maneira de se fazer isso, do jeito que Hitler fez, arrancando a parte podre, arrancando o tumor que nos impede de evoluir, e não há outra forma. Podemos fazer isso sem violência, mas temos que fazer.

Portugal teve algumas revoluções, mas elas foram movidas por forças externas, por outros interesses, uma revolução de verdade só acontece quando estamos no fundo do poço, quando é necessária uma contra força para manter o equilíbrio. Bem,o governo de Salazar foi um exemplo que deveríamos seguir. Eu considero-me Salazarista.

Portugal ainda não chegou no fundo do poço, apesar de termos muitos irmãos que já chegaram, a nação em si ainda não chegou, mas não deveria ser assim, devemos estar todos juntos, não podemos ver nossos irmãos “ferrados” e nós mais ou menos ou bem, não podemos ser roubados nem que seja 1 cêntimo, isso não é coisa de irmão, aquele que te rouba não é seu irmão e faz parte da parte podre, do tumor e tem que ser retirado custe o que custar.

Muitas pessoas vêem o nosso país afundando e quer sair dele, querem fugir ao invés de lutar essa atitude é até compreensiva, pois muitos não vêem a solução mas eu estou aqui lhes apresentando a solução, a única solução, eu quero lutar pelo nosso país e quero lutar ao lado de vocês verdadeiros nacionalistas, vamos andar na mesma direcção juntos. Vamos acabar com os partidos, vamos expulsar os imigrantes ilegais e de tudo o mais que mandam dentro de Portugal, este é o nosso país (incluindo imigrantes legalizados), vamos tomar as rédeas do que é nosso, eu sou só uma pessoa com uma ideia, não posso fazer muito, mas juntos podemos fazer tudo, basta acreditar e tentar, as coisas nascem de uma ideia, o iluminismo era só uma ideia de alguns pensadores e se transformou na maior revolução de todas, pois bem esta é mais uma revolução começando. Estou esperando pelo contacto de vocês, quero ideias, quero que apontem meus erros, não sou dono da verdade, nem sei lá grandes coisas de nada, sou só um homem querendo justiça e mudança, não quero ser só um sonhador, não quero esperar por outros farei o máximo que puder, mesmo que não represente nada. Quero a vossa opinião, quero escutar vocês.

Começou pessoal, venha fazer parte da maior revolução que já existiu em Portugal, a ideia nós já temos.

Viva o nacionalismo!
Viva Portugal!

PS: Sou completamente contra os assassinatos que os nazistas fizeram, eles erraram muito. Creio que eles deveriam deportar os imigrantes ilegais e prender os comunistas. Mas não matar... Podemos tirar muitas coisas de proveito no nazismo, mas devemos rejeitar muitas coisas que vai contra a Palavra de Deus. Apenas Deus tem autoridade de matar.

18 comentários:

Nuno Fonseca disse...

O nacionalismo é ateu. Põe o Estado no lugar de Deus e a nação como ídolo, para o qual todo sacrifício é legítimo. Hitler foi um dos melhores réprobos que o Hades produziu. Não merece outra coisa que o ódio do povo de Deus.

Deves afastar-te de toda e qualquer conotação com esta doutrina demónica, e reflectir sobre como o calvinismo fez florescer a verdadeira democracia - a federal e representativa; teonómica e temente a Deus. Foi o caso da Suíça, da Holanda, da Escócia, da Inglaterra e dos EUA.

Luan Marçal disse...

Caro Sr. Nuno Fonseca,

Creio que o senhor está completamente enganado em relação ao nacionalismo. O nacionalismo é cristão, que busca a honrar a Deus e a pátria.

Os verdadeiros nacionalistas em Portugal querem regressar aos Valores Tradicionais da velha sociedade cristã Portuguesa focada em Deus, na Família e na Pátria.

Eu não creio que isso é ser ateu, pelo contrário.

Hitler está ardendo no fogo do inferno! Quando eu escrevi este artigo eu estava querendo mostrar o lado positivo do nazismo, porque nem tudo lá era ruim, como muitos pensam. O nazismo tirou Alemanha do buraco. Por favor, não confunda o nacionalismo com o nazismo. O nacionalismo copia moderadamente alguns pontos do fascismo.

Sou contra a democracia que estamos tendo hoje. Essa nossa democracia trouxe tudo de ruim para Portugal. Esta nova realidade é vergonhosa e alguém tem que tomar medidas sérias. Eu que PENSAVA não ser Salazarista começo a preferir a dita falta de liberdade do Salazar que à nossa falta de segurança. Se a democracia é isto eu não quero, crie-se outra coisa, uma democradura! Estes bandidos teriam que ser controlados e... apidamente. E vai-se lá saber por que não o são.

A única solução é o nacionalismo, a única! Ou então vamos ver Portugal piorar a cada dia mais. Temos que lutar contra o mundialismo, essa falsa democracia, comunismo...

Ja agora Sr. Nuno, obrigado por deixar sua opinião. Estive a ver o teu blog e gostei muito, achei que o sr. tem uma posição calvinista quase reformada.

Um abraço, que Deus te abençoe.

Luan Marçal disse...

Já agora, gostaria que você lesse os objectivo dos nacionalistas em Portugal:

http://pnp.no.sapo.pt/queremos.htm

Isso é ser ateu? lol

O Sr. Nuno prefere um partido liberal do que um partido que defende a Democracia cristã?

Nuno Fonseca disse...

Volto a reafirmar que o nacionalismo é ateu da mesma forma que o fariseu o era: obedecer a Deus e até promover a cosmovisão judaico-cristã, sua teonomia e moral, mas fazê-lo para a glória duma pátria nada mais é que 'trapos de imundícia' oferecidos em sacrifício a um ídolo em forma de Estado. Foi esta a pedra de tropeço de Israel.

O indivíduo não é servo do Estado, mas é o Estado servo do indivíduo e o indivíduo servo de Deus. Quando o Estado deixa de obedecer a Deus, cabe até ao indivíduo desobedecer ao Estado - como aconteceu com os reformadores perante o Magistério papista que dominava a Europa; tal como os presbiterianos perante Mary, Queen of Scots, ou os puritanos perante Carlos I.

Crer num governo como o de Salazar é prestar elogios ao sistema romanista de hierarquia monárquica - a de confiar num só homem, corrupto e falível como qualquer outro, todo o destino duma nação - ou dum continente.

E, para ser franco, Luan, pois não o digo senão por amor cristão a ti, não compreendo como um presbiteriano ortodoxo, que tem na sua igreja um governo federal e representativo de assembleia e presbitério - modelo aplicado no aparelho estatal de democracias federais dos grandes países reformados como a Suíça, Holanda, Alemanha, Inglaterra, Escócia, EUA, etc - pode alguma vez subscrever a uma política totalitária e autoritativa, que permite-me dizer, mais em comum tem com o papismo. Que não tem nada a ver com a tradição da Reforma sei eu bem.

Embora não concorde com a democracia que hoje vigora em Portugal, prefiro obrar numa sociedade onde posso pregar o evangelho livremente - coisa que não acontecia no Estado Novo - e poder mudar a cultura pelo poder da Palavra - uma alma de cada vez; um coração de pedra de cada vez; um homem caído de cada vez.

Espero que o Luan considere a minha admoestação.

§

SOLI DEO GLORIA

[PS: Apanhei a provocação do quase-reformado. Penso que se deve pela publicação no meu blogue dum livro de Abraham Kuyper, que defendia a 'graça comum'. Eu não preciso de subscrever a todo o credo dum indivíduo para 'reter o bem'. Simplesmente o que ele chama 'graça comum' chamo eu 'providência comum'. Mas o erro de Kuyper - se o foi de todo - era lexical e não teológico. Em todo o caso, ele sim, soube instaurar um governo cristão e teonómico - democraticamente]

Luan Marçal disse...

Caro Nuno,

O Sr. Nuno está confundido o nacionalismo com outros partidos e governos nacionalistas. Se calhar seria errado uma igreja estar associada ao estado, ou seja, “igreja do estado”. Lutero e Calvino falaram muito sobre isso. Mas, não sou contra um grupo de cristãos, se juntarem para defender o melhor do seu País, defender o cristianismo e os princípios cristão no estado.

Hoje eu perguntei ao Rev. Angus Stewart sobre este assunto, ele falou-me isso que eu estou tentando dizer.

O governo de Salazarista errou muito, mas podemos fazer uma cópia, e manter as coisas boas e tirar as que não presta.

Hoje o cristianismo em Portugal está desaparecendo…

Os nacionalistas defendem que o evangelho pode ser pregado livremente por todos os CRISTÃOS, somos contra o islamismo, judaísmo, hinduísmo… Aqui em Portugal o presidente do Partido Nacionalista é protestante, e vários militantes.

Creio que o Sr. Nuno é Baptista, por isso eu falei que você era "quase" reformado. É impossível um Baptista ser reformado, é contradição de termos. Eu diria que, a "Doutrina baptista" é certamente marginal (corre as margens da Escrituras). Os Baptistas surgiram em um momento histórico e um contexto diferentes da Reforma na Europa católica romana.

Surgiram como um movimento de protesto, e não de reforma, em relação a Igreja Episcopal Anglicana.


Baptistas são protestantes, até melhor, são proponentes, mas não reformados. Os baptistas não são reformados em geral, pois sua doutrina está um pouco longe de ser totalmente reformada, podemos dizer que eles são amiraldianista.

Baptistas não são dispensacionalistas (com excepções) mas aliancistas, o que difere um pouco da teologia do pacto, mas tem semelhanças com a epigenética.

A maioria dos baptistas nem é calvinista nem arminiano, mas amiraldianista, uma espécie de "calvinismo enfraquecido" em que a expiação é ilimitada.


Mas isso é mais decorrente da "pressão" sofrida por ter sido a denominação que mais sofreu baixas devido ao movimento pentecostal, houve época de acharem que as igrejas baptistas iriam acabar.

Continuo "protestando", baptistas são protestantes, mas não reformados, pois são um movimento de proposta em relação a Igreja Episcopal Anglicana, em território britânico, e entender essa paricularidade é questão de entender a história europeia. Uma vez que haviam praticamente duas "europas" a continental e a insular (grã-bretanha).

Umas das maiores fontes de influência sobre os baptistas foram justamente os presbiterianos, posteriormente os menonitas, o que gerou uma cisão no movimento na holanda.


Mas como os baptistas são um movimento que não se apoia em uma confissão e em um catecismo mas sim em uma declaração de princípios, e conhecendo estes, entende-se que a liberdade interpretacional entre os baptistas é algo que gera as diferentes correntes.

Assim sendo, baptistas, em sus concepções, acabam sendo mais filosóficos do que teológicos algumas vezes.

Os baptistas têm uma teologia que em sua essência é distinta da teologia reformada do pacto.

Alguns baptistas, os chamados particulares, adoptaram a soteriológica calvinista, mas isso não é suficiente para torná-los em reformados. Alguns pentecostais também adoptam a soteriológica calvinista, mormente na Inglaterra, mas isso os torna reformados?


Hoje em dia o termo calvinismo adquiriu um significado mais amplo. Mas se quisermos manter a correspondência do termo ao vocábulo "reformado", os baptistas não são calvinistas, nem reformados, embora muitos adoptem partes da teologia calvinista, mormente na soteriologia.


Creio que afirmar isso não é ofender aos baptistas, mas apenas apontar um facto que corresponde à verdade.

Para ser sincero, eu tenho certa dificuldade em dizer que os baptistas são protestante, acho que nem isso são.

Obs: se de facto o Nuno for baptistas, eu retiro lá em cima quando te chamei de calvinista, e substituo por amiraldianista.

Está foi minha humilde opinião.

Um abraço Nuno

SOLI DEO GLORIA

Nuno Fonseca disse...

Não, eu não estou a confundir nada. Sei bem o que é o nacionalismo, porque o estudei, sei das suas raízes filosóficas nietchzianas e a sua materialização na orgânica do Estado.

E, para ser franco, Luan, acho tudo isto no mínimo caricato para não dizer assustador. O único país em que protestantes se aliam ao nacionalismo é a Irlanda do Norte, e saber que Angus Stewart vem de lá, põe-me a pensar. Historicamente, e repito, todas as nações de tradição calvinista resultaram naturalmente em democracias federais, que antecederam até a revolução francesa (caso da inglesa). Quem tem um conhecimento elementar de história sabe disto. Repito: monocracias hierarquizadas é coisa de papista.

Quanto ao bonito desenho que pintas dos baptistas, temos maior desconhecimento histórico. Os baptistas são herdeiros dos puritanos - os calvinistas ingleses. Estes quiseram aproximar a igreja visível da igreja invisível, e proteger as ordenanças purificando a membresia da igreja. Para tal, passaram a baptizar somente crentes confessantes (daí a abolição do pedobaptismo).

Temos confissão, sim sr. A original é de 1689, e nela temos não só teologia da aliança (ou pacto - é igual), como o calvinismo de 5 pontos. Também subscrevemos à de Westminster.

O amyraldianismo foi desenvolvido por discípulos directos de Calvino. Teve algum apoio entre denominações como a dos baptistas, mas morreu pouco depois. Há uns sobreviventes poucos. Mas negar que os baptistas não subscrevem historicamente aos 5 pontos da graça soberana é um erro crasso. Dizer que não têm lugar na tradição da Reforma é pior ainda.

Eis fica mais do que uma simples opinião. Não é nada que o não dirá qualquer livro de história da igreja que leias.

Luan Marçal disse...

Bem, em relação ao integralismo temos serias discordâncias lol.

Eu tenho a confissão baptista de 1689, comprei na conferência fiel. Muito boa a confissão, eu admiro os baptistas que seguem essa confissão. Creio que a I Igreja Baptista de Lisboa segue essa confissão... Gosto muito do Pr. Celestino, ele tem uma posição bem "Calvinista".

Fico feliz por você defender as doutrinas "calvinista", você é um dos poucos baptistas que eu conheço que defende fortemente o "calvinismo".

Mas em relação a Confissão de 1689, não são todas as igrejas baptistas que aceitam. Creio que em Portugal apenas 1 igreja aceita essa confissão. Eu estudo com alguns baptistas no IBP que são assumidamente arminianos, e que são completamente contra essa confissão, e dizem que não tem nada a ver com as verdadeiras doutrinas baptistas.

Mas é como eu falei, no meio baptista existe varias teologia, eles não possuem uma confissão única.

Sr. Nuno, para ser reformado ou calvinista, não basta apenas crer nos 5 pontos. Você deve saber disso melhor do que eu. Hoje em dia o termo calvinismo adquiriu um significado mais amplo… Hoje em dia é “moda” ser calvinista, todos dizem ser calvinista. Porém é o calvinismo moderno que está em acção, por ex: calvinismo de Piper…. que não tem nada a ver com o verdadeiro calvinismo.

Qualquer presbiteriano ou reformado pode afirmar que os baptistas não são reformados. Já viu alguma igreja com o nome: “Igreja Batista presbiteriana pentecostal”? Seria contradição de termos, né? LOL

Sr. Nuno, muito obrigado pela sua opinião, vou considera-las sim.

Luan Marçal disse...

Há, também gosto muito do meu ex Professor Pr. João Nunes, ele tem uma posição bem “reformada”. Ele era pastor da congregacional, mas agora está na igreja baptista, e é professor no seminário baptista.

Para ser sincero, o melhor evangelista que eu conheço é um baptista, ele chama-se Paul Washer, no youtube você pode encontrar vários vídeos dele.

Nuno Fonseca disse...

Obrigado pela consideração, amado irmão.

Estou ciente do modismo que o novo calvinismo possa desencadear. Também de que o termo 'calvinista' e 'reformado' não está livre de parcialidade histórica e é definido diferentemente por agentes distintos - ou não se dizia o próprio humanista Armínio um reformado?

Mas mais que um 'pedigree' doutrinário ou a honra reverente de dada tradição eclesiástica (termos demasiadas vezes aliados ao romanismo, que por estas coisas vendeu o evangelho), procuro a fidelidade à revelação de Deus na sua Palavra. Na qual, e para imensa satisfação e consolação do povo de Deus, se fala sobre a sua eleição e predestinação para a salvação eterna dos que o amam; e que o amam porque os amou primeiro o Senhor.

Esta 'velha verdade', como lhe chamava Spurgeon, é a que gosto partilhar aos meus irmãos de fé. Esta certeza de que a nossa fé é da autoria de Cristo e que por ele foi consumada apenas e só, resulta sempre numa vida irrevogavelmente cristocêntrica, em que o crente não mais vive para a sua própria salvação, mas para a glória de Deus, que a selou com o seu Espírito.

Por isso, Luan, não receio pela dilatação desta doutrina bíblica, quando feita em reverência pelo eterno conselho da vontade de Deus. E discordo que Piper não lhe faça jus, mas que apenas a prega com uma sensibilidade mais hebraica que grega, apelando aos antropomorfismos do Criador, que diz desejar a salvação de todos os homens, que diz amar em compaixão ao lhes oferecer o evangelho, apesar de haver apontado já para a vida eterna quem dirá sim, e ter entregue os mais aos seus desejos pecaminosos. Enfim, foi esta a história que Deus escreveu e devemos regozijarmo-nos nela. Piper é um pregador-poeta, tal como Spurgeon. É esta a tradição baptista reformada, Luan.

A mesma que Paul Washer mostra nos seus sermões apaixonados, em que se vê que anseia ardentemente por uma regeneração autêntica do ouvinte, reputando, para tal a graça soberana como um tesouro intocável por mãos de vendilhões de púlpito com os seus convites insultuosos a uma alegada reza salvífica. O evangelho é mais que isso: é o que Jesus fez no calvário pelo seu povo. O que produz num coração de pedra é, segundo este pregador, maior milagre até que a criação.

Mas quanto à igreja reformada, Luan, sugiro também que atentemos para os grandes reformadores ungidos por Deus, como Calvino, Huss, Beza, Wycliff, Knox, etc, que, não concordando em tudo, aliaram-se ainda assim, submetendo as falhas do intelecto humano àquilo que na Palavra não é possível contrariar nem secundarizar nem omitir: a justificação pela fé somente.

Não achas, Luan, que é possível recuperar essa catolicidade da igreja reformada; uma que, ao contrário dos romanistas, será feita em união na Palavra e não à custa da Palavra?

§

SEMPER REFORMANDA

Nuno Pinheiro disse...

Caros irmãos,

Eu não aprecio que se misturem religião com política. Apesar de entender que o homem é um animal religioso e político também.

Luan: uma correcção, o Rev. Angus Stewart não defendeu de modo algum o nacionalismo. Ele é um ministro de Deus e como tal te respondeu que o chamado da igreja e o seu alvo deveria ser a regeneração dos corações e não impor do exterior coletes de força ao pecador.

Se queremos transformar o mundo, como o Rev. Angus disse, não devemos nos envolver na política mas sim nos entregarmos de todo o coração e força à causa de Cristo, pregando o Evangelho do Senhor Jesus Cristo a toda a criatura.

Luan, eu considero que buscar um lado positivo no nazismo é como buscar um lado positivo de um pedofilo, de um assassino, de um adúltero ou de um homosexual.
Simplesmente não tenho profundidade intelectual para ser capaz disso...

Quanto ao nacionalismo, como algo do homem caído tem partes boas misturadas com erros graves - mais vale alguma distância do que nos comprometermos com algo que pode manchar o bom nome do nosso Senhor.

Que o Senhor te guarde e te faça crescer na Verdade - não por ela ser polémica mas por ser agradável como o mel e útil para instrução, admoestação e poderosa para a salvação!

Que o Senhor nos ajude a todos.

NP

Luan Marçal disse...

Estou confuso, tantos Nunos no meu blog. LOL

Caro Nuno Pinheiro, ops, Caro Nuno Fonseca,

Eu admiro as igrejas baptistas que adoptaram a Confissão de Fé de 1689, porém a maioria das igrejas batistas em Portugal rejeitam essa confissão. Pelo pouco que sei, a maioria das igrejas baptistas são arminianas ou amiraldianista. Eu rejeito essas igrejas, porque defendem uma falsa doutrina.

Nuno Fonseca, o que você acha do Paul Washer? Aparentemente ele é "calvinista".

Luan Marçal disse...

Caro Nuno Pinheiro,

Eu sei muito bem que o Rev. Angus Stewart não defendeu o nacionalismo, ele falou sobre a política e a importância. É como eu falei anteriormente...

Nuno, eu não lembro ele dizendo que não devemos envolver na política, pelo contrário. Creio que você entendeu errado.

Não sei porque esse ódio pelo nacionalismo. Vocês deveriam juntar comigo, e tornar militante do nacionalismo Português. Vocês deveriam querer o melhor para o vosso país. Nacionalismo não tem nada a ver com nazismo.

Meus irmãos, estudem sobre o verdadeiro nacionalismo, estudem sobre a ideologia nacionalista. Não estudem partidos ultra-nacionalistas, mas verdadeiros nacionalistas.

Luan Marçal disse...

Mas eu não entendo como os baptistas conseguem apoiar a posição em relação ao baptismo de adultos. Eles colocam de lado muitas outras coisas....

“Alguns espíritos mal-intencionados se levantam contra o nosso hábito de batizar crianças, como se essa prática não tivesse sido instituída por Deus, mas se tratasse de algo inventado pelos homens recentemente, ou ao menos pouco tempo depois dos apóstolos. Em face disso, achamos que, por dever de ofício, é preciso confirmar e fortalecer, nesse ponto, as consciências fracas e refutar as falsas objeções dos enganosos oponentes, com as quais eles poderiam perverter a verdade de Deus no coração das pessoas simples, não suficientemente preparadas para contestar suas astúcias sutis e hipócritas.” João Calvino.

Luan Marçal disse...

Nuno Fonseca,

Já agora, eu gostaria de pedir a sua permissão para colocar o link do teu blog no meu blog.

Pastor Manuel Luzia (Ministro Presbiteriano) disse...

Irmão Luan,

Já lhe manifestei a minha opinião anteriormente - não acho bem misturar aqui no blog coisas santas com politica. "salada russa" só no prato e às vezes...

Concordocom aquilo que o Nuno Pinheiro disse: "Se queremos transformar o mundo, como o Rev. Angus disse, não devemos nos envolver na política mas sim nos entregarmos de todo o coração e força à causa de Cristo, pregando o Evangelho do Senhor Jesus Cristo a toda a criatura."

Um abraço e vamos conversar, ok?

seu pastor aqui na Terra,

Pr. Manuel Luzia

Nuno Fonseca disse...

Entretanto, este Nuno diz sucintamente:

1- Sim, aprecio Paul Washer e muito. De facto, até propago mensagens dele no meu blog e entre amigos, crentes e descrentes. Um calvinismo tão sentido como lógico.

2- Podes pôr o meu link no teu blogue, e até agradecia. Mas para ser franco, e pela razões que já apontei, não me sinto de boa consciência em linkar este teu enquanto houver posts nacionalistas. Doutra forma, já teria posto. Espero que compreendas a minha postura.

3- Fico com a minha confiança restaurada em Angus Stewart. De facto, a denominação é presbiteriana independente, logo não tem ligações ao nacionalismo do Ulster. Se é vitória do Evangelho pelo Evangelho que ele defende, então concordamos.

4- Esou perfeitamente ciente que Calvino, assim como os mais reformadores, defendiam o pedobaptismo. A postura dos baptistas reformados é que, e permitam-nos a ousadia, o credobaptismo é uma aprofundação da reforma, para purificar a membresia da igreja através da comunhão de santos confessantes e com testemunho consciente da sua fé.

Lembro, Luan, que duma forma ou doutra, discordarás até com Calvino, mais cedo ou mais tarde, em questões secundárias, tal como nós. Por exemplo, vejo que negas o amor comum de Deus e a oferta sincera do Evangelho. No entanto, Calvino defendia que a expiação foi 'suficiente para todos, mas eficiente só para os eleitos'; que Cristo morreu em propiciação pelos pecados dos homens de todo o mundo, mas que só os que nele têm fé (os escolhidos, predestinados à salvação, que nele crêem após a regeneração) serão redimidos pelo seu sacrifício:

'Ele propicia este favor comummente a todos, pois é proporcionado a todos, se bem que não é extendido a todos; porque, apesar de Cristo ter sofrido pelos pecados de todo o mundo, e é oferecido, pela benignidade de Deus, indiscriminadamente a todos, não são todos, porém, que o recebem'

-- João Calvino, Comentários, Romanos 5:18

4- Apesar da proporção entre igrejas baptistas confessantes e as arminianas serem, como dizes, favorecedora destas últimas, não é, porém, tão díspar. A minha igreja, a de S. Domingos de Benfica, é reformada; tal como a da Graça; as três igrejas de Lisboa, também; a da Amadora, idem. E mais, só não conheço pois ou não visitei ou não conheci um membro destas.

Quanto a amyraldianos, Luan, nunca soube dum sequer crente. Deves confundir com a posição da expiação ilimitada e universal na suficiência para todos, mas limitada e particular na eficiência para os escolhidos. Esta postura ainda defende a limitação da expiação no seu resultado e intenção. Os amyraldianos não distinguem suficiência de eficiência, tal como os alto-calvinistas como tu - a diferença é que eles negam qualquer limitação da expiação. Mas verás que a posição de muitos reformadores, como Calvino - em assonância com Agostinho, que cunhou a expressão - é a de que a Graça é suficiente para todos, mas só eficiente para os eleitos.

De facto, a negação disto - que resulta no alto-calvinismo - vem de John Gill, um baptista inglês. Se pesquisares, até verás que a própria heresia do hipercalvinismo vem, infelizmente, dos baptistas ingleses, que mais tarde rectificaram este anátema.

Mauro Silva disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Nuno Pinheiro disse...

Luan,

Acho que o Nuno está muito bem na sua tese. De facto John Gill era um baptista e hiper-calvinista. No entanto, em que estava John Gill errado e em que estava certo tendo em conta que é um dos grandes nomes da fé cristã? Gill negava que a fé era o dever de todos os que ouviam o evangelho - fé em Cristo crucificado e ressurecto como unico e sificiente salvador. Isto é HIPER-CALVINISMO!

Quanto a Calvino é aceitável dizer-se que ele pode ser entendido como defensor da graça comum, mas eu creio que isso é se pegarmos frases isoladas de Calvino e deixarmos outras. Nenhum crente discute a frase que está no comentário de Calvino em Romanos, pois todos concordamos que o evangelho da graça de Deus é proporcionado a todos pela pregação, certo? Não é isso que está em questão. É pernicioso dizer que isso sugere que é Deus quem está operando pelas próprias palavras cada vez que um pregador abre a boca e isso não é reformado. Não há mágica nas frases de um pregador, mas Deus e só Deus faz com que essas mesmas palavras tenham efeito. É isso que Calvino está a dizer! Calvino fala da suficiência do sacrifício de Cristo mas conclui dizendo também isto:

"Estas duas palavras que ele usou primeiramente, juízo e graça, podem ser também apresentadas aqui desta forma, “como foi pelo julgamento de Deus que o pecado de um só que veio a condenação de muitos, assim a graça será eficaz para a justificação de muitos.”

Devemos abordar a questão com mais especialidade e ver que dessa afirmação para a oferta sincera vai um abismo. A Oferta Sincera do Evangelho não é uma doutrina que defende que o pregador deve apresentar e oferecer a Cristo como o salvador suficiente para todos quantos o receberem - se fosse isto teríamos paz na terra como os anjos cantaram quando nasceu o Senhor. A oferta sincera é uma heresia que pretende demonstrar um Deus desejando ou tendo uma intenção benevolente para salvar todos mas sendo eficaz só em alguns; uma graça comum do Espírito de Deus interna no coração de todos mas insuficiente para fazer qualquer efeito realmente importante, poderoso e de consequências eternas.

John Gill é culpado de não querer ele mesmo oferecer o evangelho aos incrédulos (hiper-calvinismo) enquanto os evangélicos "reformados calminianos" de hoje são culpados de fazer o correcto ao oferecerem Cristo como único e suficiente salvador, mas colocarem a intenção boa para com todos em Deus (arminianismo) e a decisão por fim estará mais uma vez centrada no homem...

Eu prefiro estar nesse ponto com Calvino: - sim, Deus tem em Cristo um salvador suficiente para quem Ele quiser na sua vontade e graça eficaz. Aos homens não cabe descortinar as intenções da mente de Deus, mas obedecer pregando um Deus que SALVA e CONDENA QUEM ELE QUER!!!

Manda meu endereço de email (nunopinheiro_7@hotmail.com) ao Nuno e o dele pra mim que eu quero poder trocar textos com esse nosso irmão.

SDG,
NP

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