A graça comum ensina que as coisas boas que os réprobos recebem nesta vida são prova do amor de Deus por eles. Esse foi o engano de Asafe, e é o engano de muitos. "No santuário de Deus" (Sl. 73:17), Asafe entendeu que "a prosperidade dos ímpios" (v. 3)—sua saúde (v. 4), comida (v. 7), riquezas (v. 12)—era "certamente" Deus colocando-os em "lugares escorregadios" antes de lançá-los na "destruição" (v. 18). Deus dá a eles coisas boas em Sua providência, mas Ele "despreza-os" (v. 20) por sua impiedade (v. 8).
Salomão, o mais sábio dos homens, declarou: "A maldição do SENHOR habita na casa do ímpio" (Pv. 3:33). Todas as coisas boas em sua casa – esposa, filhos, possessões, alimento, etc. – não chegam com o amor de Deus, mas com a Sua maldição.
Algumas pessoas dizem que rejeitamos a graça comum sobre a base de inferências extraídas a partir do conselho eterno da predestinação de Deus. Mas a verdade revelada de Deus da predestinação não é a única doutrina que milita contra a graça comum. Contra a unidade de Deus (Dt. 6:4), a graça comum ensina que Deus tem dois amores, duas misericórdias, duas benignidades, etc. Contra a imutabilidade de Deus (Ml. 3:6), a graça comum ensina que Deus ama os réprobos no tempo, e então os odeia na eternidade. Contra a justiça divina, que é tão grande que Deus não pode "não pode ver o mal" (Hb. 1:13), a graça comum diz que Deus ama aqueles que são completamente iníquos (Rm. 3:10-18). Resumindo, a graça comum postula um amor temporário, limitado, mutável e injusto de Deus (fora de Jesus Cristo!) pelo réprobo. Mas as Escrituras nos ensinam que Deus ama a si mesmo, e que Ele ama Sua igreja eleita (Ef. 5:25) com um amor particular (Rm. 9:18), eterno (Jr. 31:3), infinito (Ef. 3:17-19) e imutável (Sl. 136) em Jesus Cristo.
Esse erro inicial de um amor de Deus pelos réprobos está sendo usado por muitos (incluindo calvinistas professos) para destruir a antítese (Gn. 3:15), amenizar a depravação total, comprometer a expiação particular, pregar um desejo de Deus de salvar o réprobo, silenciar e (então) negar a eleição e reprovação incondicional, recusar condenar o arminianismo e seus mestres, e permitir a comunhão com os arminianos.
Rev. Angus Stewart
Fonte: Common Grace
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