Luan Marçal

terça-feira, 21 de abril de 2009

Comunhão com Ímpios

Hoje resolvi escrever sobre o Julgo desigual, já é o meu seguindo artigo sobre o assunto. Esse assunto é bastante importante eu me preocupo muito. Já agora, quero compartilhar com vocês a minha experiência sobre essa questão. Recentemente que fui descobrir a importância que a Palavra de Deus da sobre a questão julgo desigual (Amizade ou namoro com não cristão), percebi que eu teria que desfazer de 95% dos meus amigos. Parei de ter ecumenismo (comunhão = buscar a unidade) com eles, no princípio foi bem difícil para mim. Mas pela graça de Deus consegui outros amigos cristãos, e percebi que não vale a pena ter comunhão com os não cristãos.

Temos que viver e palavra de Deus no seu geral. Este tema do Julgo desigual é muito importante, pois é uma das maiores causas de apostasia entre os jovens cristãos da actualidade. Portanto, é necessário que ele seja amplamente debatido e os jovens recebam o devido aconselhamento para que tenham relacionamentos saudáveis, duradouros e fundamentados na Palavra de Deus.

Não pensem que eu sou isolado do mundo e não falo com ninguém. Eu falo com as pessoas não cristãos e falsos cristãos, mas converso assuntos necessários. No trabalho e na escola tenho que falar com os “Ímpio”… Mas eu nunca vou comprometer a minha fé e ter amizade com eles, se eu fizesse isso estaria contra a Palavra de Deus.

Seja todo passo em direcção as amizades, tem que ser caracterizado pela modéstia, simplicidade, e sincero propósito de agradar e honrar a Deus. Uma amizade com um não cristão ou falso cristão é anti-modéstia, e nunca vamos agradar a Deus dessa maneira. Lembre-se que “incrédulos” não são, apenas, aqueles que não crêem em Deus, mas também aqueles que crêem de uma forma deturpada, que acreditam em doutrinas fundamentadas em tradições humanas, e que desprezam as advertências que o Senhor concedeu ao Seu povo.

O versículo que cito 2 Coríntios 6.14: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?"

A passagem fala de qualquer tipo de sociedade ou associação, incluindo casamento, amizades, negócios ou qualquer coisa que coloque um crente e um incrédulo atados por algum compromisso. O jugo é chamado de canga em algumas regiões do Brasil, e é aquele pedaço de pau arqueado que é colocado sobre o pescoço de dois bois que puxam um carro ou arado. O jugo mantém os dois animais unidos e, para que funcione, os animais precisam ter o mesmo passo.

É por isso que no Antigo Testamento não era permitido colocar um boi e um jumento para lavrarem juntos. "Com boi e com jumento não lavrarás juntamente". Dt 22.10 Os animais têm alturas e passos diferentes, e acabam arrebentando os arreios. O crente e o incrédulo não devem entrar em uma sociedade, ou seja, caminhar lado a lado com um objectivo comum. Eles têm diferentes modos de caminhar. O que pode ocorrer, porém, é que o crente acabe adoptando o andar do incrédulo, mas nunca o contrário.

Alguns de nossos amigos descrentes são moralmente intocáveis, possuem conduta exemplar, são boas pessoas, “agem como cristãos”, aparentemente confiáveis. Por possuírem essas características, eles podem nos influenciar mais do que os tipicamente “mundanos”. Pois, o tempo inteiro, tentam nos convencer de que homossexualismo é uma escolha legítima de vida, que talvez não saibamos a verdade sobre Deus, que Jesus Cristo foi apenas um grande mestre, que Deus é tão bom que todos ganharão a vida eterna, inclusive os macumbeiros e que não precisamos perder nosso tempo compartilhando nossa fé com outros.

Devemos ter comunhão com incrédulos (não cristãos ou falsos cristãos?)? Ninguém melhor do que o próprio Deus para nos responder sobre essa indagação:

1 Coríntios 5.11 “Mas agora vos escrevo que não vos comuniqueis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem sequer comais.

Provérbios 22.24 “Não faças amizade com o iracundo; nem andes com o homem colérico.

Eu quero convidar vocês a lêem um artigo que eu escrevi há muito tempo atrás sobre este assunto: Julgo desigual.

Um ímpio é uma criatura abominável aos olhos de Deus, uma criatura miserável. Deus odeia-as de tal maneira que vão coloca-nos no inferno. Tudo que Deus dar para o ímpio é para a sua própria destruição. Vale a pena ter comunhão com essas criaturas miseráveis que odeiam a Deus? NÃO!

Dessa forma, diz a Confissão de Fé de Westminster: “A todos os que são capazes de dar um consentimento ajuizado, é lícito casar, mas é dever dos cristãos casar somente no Senhor; portanto, os que professam a verdadeira religião reformada não devem casar-se com infiéis, papistas ou outros idólatras; nem o piedoso prender-se a jugo desigual por meio do casamento com os que são notoriamente ímpios em suas vidas, ou que mantêm heresias perniciosas” (XXIV:III).

Quero lhe dizer que não devemos ter comunhão com ímpios de maneira nenhum, nem amizade nem casamento. O grande motivo, pelo qual, muitos se enveredam pelo caminho da amizade, namoro e casamento misto se dá ao facto de colocarem a sua própria vontade acima da vontade de Deus. Negligenciam todas as ordens devidas quanto a esse assunto e ainda querem a bênção de Deus.

A verdade é que quando começamos a achar os mandamentos de Deus penosos é um grande sinal de que não estamos no centro de sua vontade e que não somos eleitos. “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos, porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”.

Pela fé que teremos terá família abençoada, e é essa fé que temos de começar de maneira certa o seu relacionamento, pois ela te mostrará que muito mais vale obedecer a Deus do que a homens (At 5.29), mesmo que este homem ou mulher seja você.

Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações.” Jr 17.9-10. Que Deus nós ajudem.

Sola fide

1 comentários:

Nuno Pinheiro disse...

Luan,

Depois da tempestade vem a bonança, como o povo diz.

Eu sinceramente sinto-me muito mais à vontade com um incrédulo ou ignorante na fé, com quem nós podemos e devemos esforçar para levá-los ao entendimento do juizo vindoura e da graça que há em Cristo, do que um dito irmão que anda segundo a sua própria vontade e conforme o seu entendimento da verdade de Deus. Este é um deturpador do evangelho e eu não o suporto.

Quero distância dos hereges que me enojam quando se gabarolam das bênçãos que dizem estar a receber e de como estão agradando a Deus com as suas vidas miseráveis.

São bajuladores e eu detesto-os.

Esta é a minha humilde opinião pessoal.
Abraço, NP

P.S. não os tenho por irmãos, mas por inimigos do evangelho - não vá passar pela cabeça de alguém que pode aplicar o famoso verso de João - que para quem tiver olhos dados por Deus que vejam podem ler o que esse Apóstolo escreve desses animais destruídores da sã doutrina e genuína fé!

Enviar um comentário