Pecadores na mão de um Deus irado!

A pregação "Pecadores na mão de um Deus irado" do Jonathan Edwards tocou meu coração. Este foi, de facto, um homem de Deus no sentido lato da expressão. Falava sem medo. Seu objectivo era a maior Glória de Deus; sua missão eram as almas; seu método, a inspiração constante do Espírito Santo; sua vida, oração e abstinência.

Sobre o seu texto posso dizer apenas que imagino o estado de espírito daqueles que compunham a congregação. Os cristãos sinceros que ali estavam, sem dúvida o viam como uma voz profética, viam-no como a resposta de Deus por suas súplicas por um avivamento. Aqueles que não conheciam a Cristo, certamente chocaram-se com a imagem mental formada neles pelas palavras do intrépido pregador, creio que puderam sentir o chão suspenso por alguns momentos, e neste mesmo, a terna Graça de Cristo a amparar-lhes. Quanto aos desviados, bem, imagino que viveram a iminência da danação, contemplaram seus corpos em chamas, e suas almas devoradas pelo seu próprio pecado, viram de perto a Soberania de Nosso Deus, e também que suas Palavras eram urgentes, comprenderam com certeza o que Paulo quis dizer quando declarou: "considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus...".

Alguns detalhes daquele momento:

Jonathan Edwards tinha quase 2 metros de altura e era muito magro - jejuava e orava bastante. Pregava de uma maneira aparentemente monótona, apoiando os cotovelos no púlpito, encurvado, e quase não se mexia, e olhava fixamente para a congregação.
A igreja daquela época, em sua maioria, constituía-se de cristãos nominais que tinham se acostumado a entrar no templo sem respeito ou reverência, inclusive aos ministros da palavra. Tinham se acostumado ao pecado e precisavam despertar daquele sono, e também por isso Edwards foi chamado de 'o Grande Despertador', naqueles tempos de avivamento.
Deus é fiel, é soberano, e opera em nosso meio muito mais do que pedimos ou pensamos. Oremos para que o Senhor levante homens que não só falem a palavra de Deus, mas sejam como J. E. boca de Deus, pela qual Ele mesmo fala.

Peço ao Senhor que este mesmo Espírito que inspirou tal sermão, seja emanado de Dele sobre a vida de outros homens no presente século, e que a sua Palavra e suas bocas seja cristalinamente clara em dias tão trabalhosos como os nossos.

Sola Gracia