Luan Marçal

sábado, 29 de novembro de 2008

O Protestantismo em Portugal

Três dos maiores grupos denominacionais portugueses (Pentecostais, Baptistas e Irmãos) integram a Aliança Evangélica Portuguesa (A.E.P.), cujos estatutos foram oficialmente reconhecidos em 1935, quando ainda era uma pequena associação de membros individuais (só após 1974, depois de uma “refundação”, se tornou representante de grupos denominacionais); em termos de relações internacionais, a A.E.P. está filiada na Aliança Evangélica Europeia e na Aliança Evangélica Mundial, que são constituídas por grupos denominacionais congéneres. No entanto, cada um dos grupos denominacionais está longe de ser unitário, em grande medida pelo facto de serem herdeiros da tradição congregacional; mesmo as congregações que prescindem parcialmente da sua autonomia associando-se a organismos denominacionais de cooperação ou representação não podem ser consideradas integrantes de uma “Igreja” nacional com unidade institucional (assim, por exemplo, a Convenção Baptista Portuguesa, C.B.P., não é uma Igreja nacional mas a reunião das congregações baptistas que nela se fazem representar). No universo das congregações protestantes de muitas denominações conhecidas em Portugal (ver, para a maioria, ALMEIDA, Prontuário), a maior parte integra o grupo pentecostal, dentro do qual as Assembleias de Deus são a esmagadora maioria: a Convenção das Assembleias de Deus em Portugal reúne mais de quatro centenas de congregações, distribuindo-se as restantes por dez outras denominações da A.E.P. (Assembleia de Deus Missionária, Assembleia de Deus Universal, Nova Vida, Igreja Apostólica, Igreja de Deus, Associação das Igrejas de Cristo, Igreja de Deus Pentecostal, Igrejas do Livramento, Igreja Metodista Wesleyana e Vida Abundante) e duas não-filiadas (a Congregação Cristã em Portugal, com cerca de cem congregações, e a Missão Evangélica Maranata, com quinze). Os Baptistas são o segundo maior grupo, estando as suas várias organizações integradas na A.E.P.: a maioria está reunida na C.B.P., que representa nove dezenas de congregações, seguindo-se a A.I.B.P. com treze, a Igreja Baptista de Carreiros (doze congregações no norte), a Associação dos Baptistas para o Evangelismo Mundial (ramo da organização internacional com o mesmo nome, com dez congregações) e dezasseis congregações independentes. Os Irmãos, por seu lado, são um conjunto de mais de cem congregações que cooperam na Comunhão de Igrejas dos Irmãos de Portugal e, tal como os Baptistas, têm organizações vocacionadas para o apoio às várias congregações dentro do seu grupo denominacional, como uma Comissão Missionária que ajuda o trabalho dos obreiros e os organismos juvenis no norte e no sul; entre os Baptistas, existe desde 1945 a Associação Baptista de Evangelização que dá apoio humano e logístico às congregações, tal como a Associação Baptista do Norte e o Grupo Missionário Evangélico da Conservative Baptist Foreign Mission Society dos Estados Unidos da América. Existe ainda, desde 1976, uma Ordem de Pastores Baptistas que realiza retiros, seminários e, em geral, visa a formação do corpo ministerial do seu grupo denominacional. No conjunto da A.E.P., além destes grupos, existe pouco mais de uma centena de congregações que se distribuem por várias pequenas denominações, de que se destacam a Acção Bíblica (com perto de duas dezenas de congregações, está em Portugal desde a década de 1930 e dedica-se em grande medida à colportagem), a Igreja do Nazareno (com cerca de vinte congregações, evangeliza em Portugal desde 1973), a Igreja Evangélica de Filadélfia (iniciada em 1960, tem cerca de duas dezenas de congregações sobretudo orientadas para a evangelização da etnia cigana), o Exército de Salvação (instalado em Portugal em 1972, conta oito congregações), a Igreja Evangélica Luterana Portuguesa (fundada em 1959 a partir do trabalho missionário de Rudolfo Hasse, tem apenas três congregações) e um grupo de comunidades congregacionalistas que não se chegou a ligar aos Presbiterianos, reunido na União das Igrejas Evangélicas Congregacionais Portuguesas (dezoito congregações no centro e sul do País). Fora da A.E.P., além das duas denominações pentecostais já referidas, estão algumas centenas de congregações, das quais mais de cem pertencem à União Portuguesa dos Adventistas do Sétimo Dia e mais de cinco dezenas à Igreja Cristã Maná (denominação de origem portuguesa fundada em 1984 e dirigida pelo pastor Jorge Manuel Guerra Tadeu, é um dos grupos pentecostais mais bem sucedidos depois das Assembleias de Deus). As Testemunhas de Jeová reúnem hoje (segundo números por si fornecidos) cerca de cem mil fiéis em Portugal, dos quais metade serão membros activos das comunidades locais; estas, cerca de 700 actualmente, estão presentes em praticamente todos os concelhos do continente e das regiões insulares. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, que tem um trabalho missionário de cerca de 25 anos em Portugal, tem vindo também a implantar-se no País. No campo pentecostal, a Igreja Universal do Reino de Deus, de raiz brasileira, introduziu, mais recentemente, uma original evangelização de grande visibilidade, através de meios de comunicação audiovisual e grandes assembleias de fiéis, conseguindo um crescimento rápido e substancial. O outro organismo de cooperação e representação interdenominacional existente em Portugal é o Conselho Português de Igrejas Cristãs (C.O.P.I.C.) que reúne as três Igrejas sinodais, I.L.C.A.E. (episcopaliana), I.E.P.P. (presbiteriana) e I.E.M.P. (metodista) desde 1971 e representa o sector protestante mais sintonizado com o movimento ecuménico internacional (está integrado no Conselho Mundial de Igrejas); entre as três denominações que o compõem, o C.O.P.I.C. representa pouco mais de setenta congregações, das quais cerca de metade são presbiterianas, um quarto metodistas e outro quarto episcopalianas – cada uma das três Igrejas tem uma unidade institucional nacional em que as várias congregações integram um corpo eclesial uno sujeito a um Sínodo que representa clérigos e leigos e elege o governo colegial da Igreja (daí a designação de “Igrejas sinodais”). A I.L.C.A.E. é a única destas denominações que reconhece e mantém na ordenação episcopal a continuidade histórica da Sucessão Apostólica, estando unida à Comunhão Velho-Católica desde 1965 e, desde a sua fundação, à Comunhão Anglicana a que, entretanto, só aderiu formalmente em 1980. Estão ainda presentes em Portugal, de há longa data, várias capelanias protestantes estrangeiras, as mais importantes das quais na capital: a Igreja Evangélica Alemã (luterana, reconhecida em 1761), a Igreja da Escócia (presbiteriana) e a anglicana Igreja de São Jorge.

Fonte:

[«Protestantismo» (vol. P-V-Apêndices, pp. 75-85), Dicionário de História Religiosa de Portugal (dir. Carlos Moreira Azevedo), Lisboa: Círculo de Leitores, 2000-2001.]

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O Testemunho da Igreja Cristã Histórica sobre a cessação dos dons

Algumas frases de vários influentes pregadores e teólogos, que falam sobre desaparecimento dos dons milagrosos da era apostólica, isso que eles falam é muito importante. Vejam, e deixe a vossa opinião.

1. João Crisóstomo (347-407 d.C.)
“Este lugar está completamente obscuro. A obscuridade provém de nossa ignorância dos actos referidos e por sua cessação, sendo que esse então ocorriam, mas agora não mais acontecem”.
Fonte: Homilias sobre a 1ª aos corintios, vol XII, os pais niceno e pós niceno. Hom 29:2.

2. Agostinho (354-430 d.C.)
“No período primitivo, o Espírito Santo caiu sobre quem cria e falava em línguas que jamais havia aprendido. O Espírito concedia-lhes que falassem, e estes eram sinais adaptados a época, pois precisava haver aquela evidência do Espírito Santo em todas as línguas, e mostrar que o evangelho de Deus havia de correr através de todas as línguas sobre a terra. Aquele facto foi feito com evidência e passou”.
Fonte: Dez homilias sobre 1ª epístola de João, vol. VII. Os pais nicenos/pós niceno, VI. 10.

3. João Calvino (1597)
“Pois não há demonstração em nossos olhos de todas aquelas virtudes e dos demais milagres que eram operados pelas mãos dos apóstolos; e a razão é que estes dons eram temporais”.
Fonte: As Institutas da Religião Cristã, Vol.2, pg. 1154

4. Thomas Watson (1660)
“Com plena certeza, há tanta necessidade de ordenação hoje, como nos tempos de Cristo e dos apóstolos; naquele tempo havia dons extraordinários nas igrejas que agora cessaram”.
Fonte: As bem-aventuranças, 14.

5. John Owem (1679)
"Os dons que em sua natureza excedem a plenitude do poder de todas as nossas faculdades, essa dispensação cessou e onde quer que alguém hoje tenha pretensão ao mesmo, tal pretensão justamente pode ser suspeita como engano farsante".
Fonte: Obras, IV, 518.

6. Matthew Henry (1712)
"O dom de línguas foi o novo produto do espírito de profecia e era concedido por uma razão particular, para que as oportunidades judia sendo removidas, todas as nações puderam ser incluídas na igreja. Estes e outros dons de profecia sendo um sinal há muito tempo cessado e foram postos de lado e não temos motivo algum para esperar reavive-los, ao contrário se nos manda chamar a Escritura a palavra profética mais segura que vozes do céu, e ela que nos exortam a estar atentos a esquadrinhá-la e retê-las" - 2ª Pedro 1.19.
Fonte: Prefácio ao vol IV de sua exposição do AT e NT VII.

7. Jonathan Edwards (1738)
"Dos dons extraordinários foram dados para por fundamento e estabelecer a igreja no mundo. Mas assim que o Cânon da Escritura ficou completo, e a igreja plenamente fundada e estabelecida, estes dons extraordinários cessaram".
Fonte: A caridade e seus frutos, 29.

8. George Whitefield (1825)
a. Devido ao seu frequente testemunho sobre a Pessoa e poder do Espírito, foi acusado de entusiasta por parte de alguns líderes eclesiásticos que falaram que ele tinha revivido os dons apostólicos. Esta crença foi negada firmemente por Whitefield que disse que nunca pretendeu ter estas operações extraordinárias de operar milagres ou de falar em línguas. b. Ele culpa o bispo e clero de Lichfield e Coventry por não distinguir a obra ordinária e extraordinária do Espírito e por considerarem que ambas haviam cessado. Dizia que a habitação interior do Espírito, seu testemunho interno, a pregação e a oração pelo Espírito, estava entre os dons carismáticos, os dons milagrosos conferidos a igreja primitiva e os quais a muito tempo deixaram de ser. c. Os amigos de Whitefield também o defenderam contra a mesma acusação. José Smith, pastor congregacional da Carolina do Sul, escreveu sobre o evangelista inglês: "ele renunciou a toda pretensão de possuir os extraordinários poderes e sinais dos apóstolos, peculiares a era da inspiração e que desapareceram com eles".
Fonte: Resposta ao bispo de Londres, Obras IV, 9. Segunda carta ao bispo de Londres, Obras IV, 167. Em prefácio aos sermões sobre assuntos importantes, George Whitefield, 1825, XXV.

9. James Buchanan (1843)
"Os dons milagrosos do Espírito há muito que foram retirados. Foram usados para cumprir um propósito temporal, como um andaime que Deus usou para construção do templo espiritual. Quando o andaime não teve mais necessidade foi removido, mas o templo permanece em pé e é habitado pelo Espírito de Deus - 1 Co 3.16".
Fonte: O oficio e obra do Espírito Santo, 34.

10. Charles Haddon Spurgeon (1871)
a. Em uma quantidade de sermões testifica este mesmo ponto de vista. "Os apóstolos pregavam e foram homens escolhidos como testemunhas, porque pessoalmente havia visto o Salvador, um ofício que necessariamente desaparece apropriadamente, porque o poder milagroso também se retira". b. Não podemos esperar nem necessitamos desejar os milagres que acompanharam o dom do Espírito. As obras do Espírito que hoje são concedidos a igreja de Deus são em todo sentido tão valiosos como aqueles dons milagrosos anteriores que desapareceu da nossa presença. A obra do Espírito Santo mediante o qual os homens recebem vida de sua morte em pecado, não é inferior ao poder que capacitou os homens a falar em línguas".
Fonte: O Púlpito do Tabernáculo Metropolitano, 1871, Vol. 17, 178. O Púlpito do Tabernáculo Metropolitano, 1881, Vol. 27, 521. O Púlpito do Tabernáculo Metropolitano, 1884, Vol. 30, 386 ss.

11. Roberto L. Dabney (1876)
"Logo que a igreja primitiva foi estabelecida não existia a mesma necessidade de sinais sobrenaturais, e Deus o extinguiu. Desde então, a igreja tenta conquistar a fé do mundo mediante o exemplo e ensinamento somente, vigorizada pela iluminação do Espírito Santo".
Fonte: A pregação, um erro, Discussões Evangélicas e Teológicas, Vol. 2, 236-237.

12. George Smeaton (1882)
"Os dons sobrenaturais extraordinários foram temporais e haviam de desaparecer quando a igreja estivesse fundada e o Cânon inspirado da Escritura concluído; porque eles foram uma prova externa de uma inspiração interna".
Fonte: A doutrina do Espírito Santo, 51.

13. Abraham Kuyer (1888)
"Muitos dos dons carismáticos concedidos a igreja apostólica não são de utilidade para a igreja de hoje".
Fonte: A obra do Espírito Santo, 182, ed. ingl. 1900.

14. W.G.T. Shedd (1888)
"Os sobrenaturais dons de inspiração e milagres que possuíram os apóstolos não foram continuados para seus sucessores ministeriais, posto que não era necessário. Todas as doutrinas do cristianismo haviam sido reveladas aos apóstolos e tinham sido entregues a igreja de forma escrita. Não havia mais necessidade de posterior inspiração infalível. E as credenciais e autoridade dadas aos primeiros pregadores do cristianismo em atos milagrosos não requerem repetição continua de uma era a outra. Uma era de milagres devidamente autenticada é suficiente para estabelecer a origem divina do evangelho".
Fonte: Teologia Dogmática, Vol II, 369.

15. Benjamin B. Warfield (1918)
"Estes dons foram autenticação dos apóstolos, constituem em parte as credenciais dos apóstolos em sua qualidade de agentes autorizados de Deus na colocação do fundamento da igreja. Sua função limitou a igreja apostólica, de maneira distintiva e necessariamente desapareceu com ela". Fonte: Milagres falsos, 6.

16. Arthur W. Pink (1970)
"Assim como houve muitos ofícios extraordinários (apóstolos e profetas) no começo da era cristã e, também muitos dons extraordinários, como não houve sucessores designados, os dons cessaram porque dependiam dos ofícios. Não teremos mais os apóstolos como agentes e, por conseguinte os dons sobrenaturais e comunicação dos quais constituem parte essencial dos sinais dos apóstolos".
Fonte: O Espírito Santo, 179.

17. Walter J. Chantry (1990)
"Segundo Paulo os dons espirituais cessariam no futuro; todavia, quando João escreveu Apocalipse, os dons se tornaram coisas do passado".
Fonte: Sinais dos Apóstolos, cap. 5, pg 65.

Para encerrar, que compartilhar um capitulo da confissão de Fé Westminster,

( Confissão de Fé de Westminster ) Capitulo 1 da Escritura Sagrada

I. Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, contudo não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda. Isto torna indispensável a Escritura Sagrada, tendo cessado aqueles antigos modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo.


Referências - Sal. 19: 1-4; Rom. 1: 32, e 2: 1, e 1: 19-20, e 2: 14-15; I Cor. 1:21, e 2:13-14; Heb. 1:1-2; Luc. 1:3-4; Rom. 15:4; Mat. 4:4, 7, 10; Isa. 8: 20; I Tim. 3: I5; II Pedro 1: 19.

Sola Escriptra

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Louvai a Deus



Deus não poupou Seu filho, Mas deu-lhe para todos nós eleitos, Na terra não há poder, Não há qualquer profundidade ou a altura. Isso jamais poderia separar-nos. A partir do amor de Deus em Cristo. Louvai a Deus.

Para mim, adorar ao Senhor é o momento mais precioso da minha vida.

Sinto Sua presença santa, suave e meiga... é como se Ele estivesse comigo em Seus braços me ouvindo cantar, me olhando nos olhos, sorrindo pra mim, me dando protecção... e eu feliz como uma criança adorando Aquele que me fez, que me conhece em detalhes e que só Ele merece toda a minha adoração.

É um momento tão sublime que tenho dificuldade pra descrever tudo que sinto.

As vezes, enquanto canto, percebo que estou chorando mas não de tristeza, outras vezes é como se eu estivesse vendo acontecer o que a letra diz. Outras vezes me sinto tão pequeno, desmerecedor da graça e do grande amor de Deus. Mesmo assim continuo louvando o Criador, Adorando-o de coração e crendo que Ele me ajudará todos os dias através do louvor.

Deus habita no meio dos louvores. Imagina o que Ele pode fazer por nós enquanto cantamos em louvor ao Seu Nome, Exaltando a Sua majestade?

Diante disso, é ou não o Coração de Jesus, digno de todo louvor?! É nosso refúgio, é nosso consolo, é nossa Paz!!! É nosso Deus!!!Ainda mais amor Jesus manifesta dando sua vida na cruz, e quando uma espada transpassa seu peito.

Ele é digno de honra, de glória, de receber louvores dos seus filhos amados. Até os passarinhos cantam alegremente agradecendo a Deus por mais um dia. E nós???

LOUVEMOS AO SENHOR AGRADECENDO A ELE POR CADA DIA.

Sola Fide

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Por Que Seminaristas Costumam Perder a Fé...

Não quero dizer que acontece com todos. Mas, acontece com muitos. Conheço vários casos, inclusive próximos a mim, de jovens cristãos fervorosos, dedicados, crentes, compromissados com Deus, que gostavam de orar e ler a Biblia, que evangelizavam em tempo e fora de tempo, e que depois de entrar no seminário ou faculdade de teologia, esfriaram na fé, se tornaram confusos, críticos, incertos e até cínicos. Como Tomé, não conseguem crer (espero que ao final venham a crer, como graciosamente aconteceu com Tomé).

Antes de tudo quero deixar uma observação:

(II Tessalonicenses 3.1-2 RA) “Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a Palavra do Senhor se propague e seja glorificada; como também o é entre vós, e para que sejamos livres de homens perversos e maus; porque a fé não é de todos

(Judas 1.3 RA) “Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos

(Tito 1:1-2) “Paulo, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus , e o pleno conhecimento da verdade que é segundo a piedade, na esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos eternos

Os eleitos nunca vão perder a fé, o que pode ocorrer é um "esfriamento" no sentido de evangelizar.

Quero fazer uma critica aos seminarista que desvia da sã doutrina.

O Dr. Nicodemus enumerou as possíveis causas:

1) Acho que tudo começa quando as denominações mandam para os seminários e faculdades de teologia jovens que não têm absolutamente a menor condição de serem pastores, professores, obreiros e pregadores. Muitos são enviados sem qualquer preparo intelectual, espiritual e emocional. Alguns mal fizeram 17 anos e foram enviados simplesmente porque eram líderes destacados dos adolescentes de sua igreja, eram líderes do grupo de louvor ou filhos de pessoas influentes da igreja, para um jovens de 17 anos estar no seminário, tem que ter um chamado, um dom. Não é sem razão que Paulo orienta que o líder não pode ser neófito, isto é, novo na fé (1Tim 3.6). Eles não têm a menor estrutura intelectual, bíblica e emocional para interagir criticamente com os livros dos liberais e com os professores liberais que vão encontrar aos montes em algumas das instituições para onde serão mandados. Não estarão inoculados preventivamente contra o veneno que professores liberais costumam destilar em sala de aula. E nem têm ainda maturidade para estudar teologia como se fosse uma disciplina qualquer, até mesmo quando ensinada por professores conservadores que mal oram em sala de aula.

2) Acho também que a culpa é das denominações que mantêm professores liberais ou conservadores frios espiritualmente nas cátedras de suas escolas de teologia. O que um professor que não acredita em Deus, nem que a Bíblia é a Palavra de Deus, não ora, tem para ensinar a jovens que estão na sala de aula para aprender mais de Deus e de sua Palavra? Há seminários e escolas de teologia que mantêm no corpo docente professores que nem vão mais à uma igreja local, que usam o título de pastor apenas para ocupar uma vaga na cátedra dos seminários. Nunca levaram ninguém a Cristo e nem estão interessados nisso. Não têm vida de oração, de piedade. Que exemplo eles poderão dar aos jovens que sentam nas salas de aula com a mente aberta, ansiosos e desejosos de ter modelos, exemplos de líderes para começar seus próprios ministérios?

3) Alguns desses professores têm como alvo pessoal destruir a fé de todos os seus estudantes antes mesmo que terminem o primeiro ano de estudos. Começam desconstruindo o conceito de que a Bíblia é a infalível e inspirada Palavra de Deus. Com grandes demonstrações de sapiência e erudição, eles mostram os erros da Bíblia e o engano da Igreja Cristã, influenciada pela filosofia grega, em elaborar doutrinas como a Trindade, a Divindade de Cristo, a Expiação. Mesmo sem usar linguagem directa -- alguns usam, todavia -- lançam dúvidas sobre a ressurreição literal de Cristo de entre os mortos. A pá de cal na sepultura da fé desses meninos é a vida desses professores. Além de não terem vida devocional alguma, alguns deles ensinam os seus pobres alunos a beber, fumar e frequentar baladas e outros locais. Eles até lideram o grupo Noé (que se encheu de vinho) e o grupo Isaías ("e a casa se encheu de fumo") nos seminários!!

4) Bom, acredito que uma fé que pode ser destruída deve ser destruída mesmo, pois não era autêntica e nem sólida. Quanto mais cedo ela for destruída e substituída por uma fé robusta, enraizada na Palavra de Deus, melhor. Acontece que os professores liberais e os professores conservadores mortos só sabem destruir; eles não têm a menor idéia de como ajudar jovens candidatos ao ministério pastoral a cultivar uma mente educada, uma fé robusta e uma vida de devoção e consagração a Deus: os primeiros, porque lhes falta fé; os segundos, devoção. Ao fim de quatro anos de estudo com professores assim, vários desses jovens saem para serem pastores, mas intimamente -- alguns, abertamente -- estão cheios de dúvidas quanto à Bíblia, quanto a Deus e quanto às principais doutrinas da fé cristã. Estão confusos teologicamente, incertos doutrinariamente e cínicos devocionalmente. Quando entraram nos estudos teológicos, eram jovens que tinham como a missão principal de sua vida pregar o Evangelho, glorificar a Deus e ganhar o mundo para Cristo. Agora, após quatro anos debaixo de professores liberais ou conservadores mortos, seu único alvo é conseguir campo para ganhar o pão de cada dia e sustentar-se e à família. Esse tipo de motivação destrói igrejas em curto espaço de tempo.

5) Não podemos deixar de lembrar que ao final, se trata de uma guerra espiritual feroz, em que Satanás tenta de todos os modos corromper a singeleza e sinceridade da fé em Cristo, atacando a mente e o coração dos futuros pastores (2Cor 11:3). Usando professores sem fé e professores sem vida espiritual, ele procura minar as convicções, a certeza, o fervor e a dedicação dos jovens que se preparam para o ministério. Aqui é pertinente o lema de Calvino, orare et labutare. Pela oração, os seminaristas poderão escapar da tendência dos estudos teológicos de transformar nossa fé em um esquema doutrinário seco. E pela labuta nos estudos poderão se livrar das mentiras dos professores liberais, neo-ortodoxos, libertinos e marxistas.
Infelizmente muitos jovens estão no seminário sem capacidade emocional, não apenas jovens, mas adultos também. Mas, eu creio que os Eleitos nunca vão perder a fé.

Sola Gracia

*(Ênfase Acrescentada)

Sexualidade

Eu estava lendo um artigo do Bispo Celso sobre a sexualidade, no site: http://www.centroestudosanglicanos.com.br/

O texto de Dom Celso é lamentável.

É lamentável, quando começa negando a autoridade das Sagradas Escrituras, ao dizer que elas "não são um depósito fechado" e que "vieram a nós como uma interpretação". Eicta, teologia liberal! Não sei por que os teólogos liberais ainda citam a Bíblia.

É lamentável, quando demonstra uma tremenda incoerência ao dizer que "A psicogênese da homossexualidade continua a ser um grande desafio em relação à compreensão da psiquê humana" e mesmo assim tem tanta certeza de que não "escolhemos" a nossa orientação sexual. Se a sexualidade é um desafio (ou seja, um mistério), como pode ele ter tanta certeza de que não a "escolhemos"? (Teríamos muito o que dizer sobre este termo, "escolha", pois penso que seria mais conveniente falar sobre a determinação natural que o pênis tem de ser macho e a vagina de ser fêmea, mas, deixa pra lá).

É lamentável, quando dá ares de ciência à bobagem mitológica de Platão. Parece que para Celso é mais fácil crer em Zeus do que em Deus.

É lamentável, quando afirma que o ser humano é bissexual e apresenta argumentações pseudo-científicas que só enganam quem não quer enxergar a verdade. O ser humano é sexual, não bissexual. Se ele confunde as bolas (isto não é um trocadilho!) está doente ou em pecado.

É lamentável, quando se refere a "dados científicos abundantes". Seriam esses dados a favor da homossexualidade? Por que, então, ninguém os citou ainda em lugar nenhum? Nem o próprio Dom Celso o fez. Onde estão esses dados tão significativos, comprovando "cientificamente" que a homossexualidade é uma postura normal?

É lamentável, quando pergunta: "Não seria o verdadeiro pecado a homofobia, ao invés da homossexualidade?". Posso refazer essa pergunta? "Não seriam verdadeiros pecados igualmente a homofobia e a homossexualidade?". Ambos os comportamentos são pecaminosos e condenáveis.

Pode-se curar a homofobia? Para Deus tudo é possível! Basta ao homossexual confessar-se pecador e entregar-se à infinita misericórdia de Deus. Estes teólogos liberais estão acabando com o evangelho. Oremos para Deus acabar com este povo. Mas infelizmente nos últimos tempos vamos ter MUITOS...

Sola Escriptra, Sola Fide, Sola Gracia, Solus Cristus, Sole Deo Gloria